A Clamídia éa doença sexualmente transmissíveis, comumente chamadas de DSTs, mais comum do mundo e acomete cerca de 150 mil pessoas por ano somente no Brasil.  A maioria das pessoas que possuem a doença não apresentam outros sintomas além de sentirem dores ao urinar. O tratamento é simples e se feito com o acompanhamento de médico o paciente estará curado rapidamente.

A causa da clamídia é a bactéria Chlamydia trachomatis e nem todos os infectados apresentam os sintomas imediatamente, podendo ser hospedeiros por anos antes de descobrirem que estão contaminados. Essa falta de sintomas apresenta um perigo, já que a maioria dos portadores, por não saber que estão contaminados, podem participar de sexo de proteção se transformando em vetores de transmissão da doença, fazendo com que ela seja a DST mais contraída do mundo.

A clamídia pode ser descoberta com simples testes laboratoriais, podendo ser de urina ou com a presença de retirada de amostragem do local – não sendo necessária a mutilação de nenhum órgão genital, apenas a passagem de um cotonete, uma técnica médica conhecida com ‘swab’. Caso haja corrimento no paciente, esse mesmo é coletado para que seja feito o exame de reconhecimento.

FORMAS DE TRANSIMSSÃO

A principal forma de transmissão e contração da clamídia nos seres humanos é através das relações sexuais, seja ela vaginal, oral ou anal. Qualquer pessoa que seja sexualmente ativa e, não faça uso de proteção, pode acabar sendo infectada pela DST. Uma ressalva importante é que quanto maior o número de parceiros que um indivíduo tenha, maiores são as chances de contaminação pela doença. A doença não está contida exclusivamente em relação heterossexuais, já que a doença pode ser transmitida através da boca ou do ânus, homens homossexuais também estão suscetíveis ao contágio.

Uma segunda forma de contaminação pela doença é a passagem da bactéria no parto normal, quando o bebê possui contato com a parede vaginal da mãe. Porém, essa forma é exclusiva para bebês recém-nascidos com mães contaminadas, em adultos e adolescentes sexualmente ativos, a única forma de se pegar clamídia é através de reelações sexuais com parceiros contaminados sem a devida proteção. É importante frisar que é impossível contrair clamídia em piscinas ou banheiros públicos. O beijo, seja entre sexos diferentes ou iguais, também não possui a possibilidade de contaminar uma outra pessoa.

Portanto, quem mantém relações sexuais sem o uso correto de proteção é o possuem maiores chances de serem contaminadas pela clamídia.

Sintomas da clamídia em homens

Apesar de ser considerada uma doença na maioria dos casos assintomática e silenciosa, a clamídia pode apresentar alguns sinais. No entanto, após um período de aproximadamente três a cinco semanas, a bactéria já está madura e pronta para agir no sistema do hospedeiro. Mas ainda assim, é comum que cerca de apenas 30% dos homens infectados demonstrem algum tipo dos sintomas da doença.

Nos homens, os sintomas mais comuns são os corrimentos que saem do pênis, normalmente de aspecto amarelado com um aspecto purulento. Além disso, o homem pode experimentar uma sensação de queimação ou dor enquanto urinam. Também são sintomas coceira ao redor da glande, a presença de dor e inchaço nos testículos ou saco escrotal. No caso de homens homossexuais que tiveram relações anais, é possível que a clamídia cause uma inflamação na próstata,que causa dor e incômodo, além de sangramento e outros corrimentos.

Em homens que praticaram sexo oral em mulheres ou homens contaminados, é possível que a clamídia cause faringite.

Caso o tratamento não seja feito corretamente ou no período adequado, a doença pode complicar bastante a vida do hospedeiro, já que a infertilidade, um dos problemas mais temidos quando o assunto é clamídia, pode aparecer em decorência. Outras complicações da falta de tratamento são dores pélvicas intensas, inflamações na uretra e no epidídimo, um canal da estrutura genital masculina responsável pelo transporte do sêmen, além de artrite reativa e até mesmo o estretamento da uretra, conhecido como estenose uretral.

DIAGNÓSTICO

O exame para o diagnóstico da clamídia é bem simples, feito através da coleta de urina e os resultados normalmente são apresentados entre 24 e 48 horas depois. Além disso, é possível fazer a coleta do corrimento genital, caso ele ocorra, ou a retirada de amostra por contato com cotonete da área infectada.

É possível também a realização de um exame de sangue, no entanto, esse, apesar de útil, não é muito confiável e, portanto, não muito recomendado pela maioria dos médicos.

COMPLICAÇÕES COM A CLAMÍDIA

Na maioria dos casos as complicações ocorrem com pacientes que não apresentam nenhum tipo de sintoma de contaminação que, por não sentirem nada, não se dão conta que estão infectados com a bactéria e, portanto, alheios a qualquer tipo de tratamento.

Conforme dito acima, a falta de tratamento da clamídia pode levar a problemas incômodos ou até mesmo sérios. A bactéria causadora da DST pode sim levar à infertilidade do hospedeiro caso não haja tratamento correto na época certa. Outras complicações pode ser o estreitamento da uretra, dores pélvicas agudas, inflamações na uretra e no epidídimo, no caso dos homens.

Uma outra complicação, fruto do desenvolvimento da bactéria, pode ser a doença conhecida como linfogranuloma venéreo. Os pacientes que apresentam esse tipo de variação irão encontrar, inicialmente, um pequeno caroço na área genital. O linfogranuloma venéreo depois de algum tempo presente se torna uma úlcera genital. Em pouco tempo a infecção se estende para os gânglios localizados nas virilhas, que se tornam inchados e podem se romper secretando uma grande quantidade de pus.

TRATAMENTO DA CLAMÍDIA

O tratamento da clamídia é bem fácil e simples, sendo feito com a administração correta de alguns antibióticos. O mais comum deles e mais receitado pela grande maioria dos médicos é a azitromicina 1g utilizado largamente para o tratamento da DST na sua variação não-grave. A recomendação médica é que os pacientes infectados e que estejam sob o tratamento da azitromicina não possuam qualquer tipo de relação sexual por pelo menos sete dias. Esse período pode ser estendido caso os médicos achem necessário. Além disso, não só o paciente deve ser tratado com os antibióticos, mas também os seus parceiros, sejam eles o único ou até em casos de múltiplos parceiros.

Além da azitromicina, os médicos costumam indicar um outro medicamento para o tratamento da clamídia, a doxiciclina, normalmente indicada para ser tomada durante sete dias pelos pacientes. Esse costuma ser o tratamento mais comumente indicado para os pacientes que apresentam o linfogranuloma venéreo, ou até mesmo a infecção anal da DST.

Caso o paciente tenha uma variação bem grave da clamídia, a indicação médica costuma ser a internação com tratamentos com administração de antibióticos injetados direto nas veias até que a doença seja completamente curada.

O mais importante a se lembrar é que é necessário o uso de preservativos na hora das relações sexuais, sejam com um parceiro (a) recorrente ou principalmente os que terão contato uma única vez.

Caso apresente os sintomas ou faça sexo desprotegido, o médico deverá ser consultado.