O sexo é uma parte importante na vida da maioria das pessoas desde que começam a se tornar sexualmente ativos. Seja para garantir intimidade a um casal, satisfação mútua ou apenas para uma diversão descontraída sem compromisso, o sexo está ali. Nos filmes, nas músicas, em novelas e seriados, o sexo está presente fortemente, indicando que na nossa sociedade o prazer tem um lugar central.

Apesar de ser uma situação comum, que a maioria das pessoas faz e tem prazer em fazer, o sexo, caso não seja protegido, pode trazer problemas sérios e complicados para homens e suas parceiras ou parceiros. A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que cerca de 10 milhões de pessoas contraem anualmente DSTs somente no Brasil.

A gonorreia é uma infecção bacteriana que atinge cerca de duas milhões de brasileiros todos os anos, sendo uma das DSTs mais comuns de todas. No entanto, o fator problemático na gonorreia é que se não for tratada, ela pode levar à infertilidade.

A doença tem como a fonte de propagação o contato sexual sem a proteção devida e, normalmente, o melhor método de proteção contra a gonorreia é a camisinha. Além disso, conhecer o histórico sexual do parceiro, por mais que difícil, continua sendo uma forma simples de se manter protegido.

Apesar de levar a uma situação complicada caso não seja tratada, a gonorreia, geralmente, é resolvida em poucos dias com o auxílio de medicamentos. Para ter certeza que está com gonorreia, o homem deve ir ao médico assim que sentir os principais sintomas decorrentes da infecção bacteriana. Normalmente, os médicos indicam exames de imagem e sangue para confirmarem se o paciente está com a doença, portanto, não fugir do médico é fundamental para começar o processo de cura.

De forma simples, os sintomas mais comuns da gonorreia são uma ardência e sensação de queimação ao urinar e a presença de um corrimento secretado pelo pênis. Alguns homens inclusive podem sentir dores na parte do baixo-ventre, no entanto, em alguns casos a doença não apresenta nenhum sintoma para o seu hospedeiro.

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O que é gonorreia?

A DST é uma infecção bacteriana que acomete os órgãos sexuais masculinos, especialmente o canal urogenital e tem sua transmissão praticamente de forma única através do contato sexual sem proteção, feito com uma parceira ou parceiro infectado.

A doença é uma das mais antigas que se tem notícia, chegando a ser referenciada em algumas passagens bíblicas do Antigo Testamento e em alguns outros escritos tão antigos quanto. De forma geral, a gonorreia atinge a mucosa genital – e dificilmente a do ânus e reto – e tem como agente causado a bactérica Neisseria gonorrhoea.

Sendo uma das mais antigas e, provavelmente, a mais comum das que se tem notícia, a gonorreia acomete cerca de dois milhões de pessoas somente no brasil todos os anos. A doença se manifesta de duas formas completamente diferentes no homem e na mulher, atingindo não só áreas e órgãos diferentes, como gerando diferentes resultados e problemas caso não seja tratada logo e curada.

Apesar de ser comum e ter um tratamento simples, a gonorreia tem um alto índice de mortalidade. E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, SBI, a ocorrência de gonorreia em homens é muito maior que das mulheres, no entanto, em mais de 80% dos casos a doença é assintomática.

De acordo com a SBI a gonorreia masculina consiste em um dos tipos mais comuns de uretrite, ou seja, inflamação na uretra, com o sintoma mais presente uma sensação de coceira interna e uma ardência na hora de urinar. Depois de um a três dias de infecção, a SBI informou que é comum que os pacientes comecem a se queixar da ardência junto com a presença do corrimento que, inicialmente parece mucoso, ou seja, lembra coriza. No entanto, com o passar do tempo, o corrimento passa a ser em maior quantidade e vai se amarelando, se assemelhando cada vez mais com pus.

Alguns pacientes, embora não seja exatamente comum, apresentam sintomas de infecções, como febre e dores no corpo.

A maior incidência da doença costuma ser em jovens, normalmente na idade de 15 a 24 anos, justamente por ser essa a idade do descobrimento sexual e que as pessoas costumam ter um alto número de parceiros e de relações sexuais e, costumeiramente, também sem a proteção devida. No entanto, não é porque alguém é mais velho do que essa faixa etária determinada que está seguro por algum motivo da doença. Ao se fazer sexo desprotegido com alguma pessoa infectada, as chances do contagio são extremamente altas – independente da idade. O definidor, de fato, de se alguém pode pegar ou não gonorreia é a exposição e o contato sexual desprotegido com alguém contaminado.

A situação no caso dos homens é um pouco mais complicada, já que o local de encubação e reservatório natural do gonococo causador da gonorreia é o homem, portanto, quem possui a capacidade de disseminar a gonorreia para outras pessoas, em grande parte, é o homem. Estudos indicam que caso o homem tenha uma relação sexual única desprotegida com alguém, seja uma mulher ou homem, infectado com a gonorreia, as chances de contração são de 80%. As mucosas do pênis e do ânus são as “portas de entrada” para o gonococo no corpo humano.

Transmissão e sintomas

Por ser uma doença sexualmente transmissível, a principal forma de passagem e contágio da gonorreia é a atividade sexual desprotegida. De acordo com o portal de doenças sexualmente transmissíveis do governo brasileiro também alerta que a segunda forma de transmissão é em bebês durante o parto com a mãe estando infectada. No entanto, esse caso só apresenta uma parte ínfima das transmissões da doença.

A relação sexual seja ela vaginal, anal ou oral com uma pessoa infectada pela doença continua sendo a forma de transmissão de qualquer doença sexualmente transmissível, o que inclui a gonorreia, uma das mais comuns de todas.

O uso do preservativo é a melhor opção para se proteger – já que o látex da camisinha não permite o contato direto com mucosas, local do corpo onde a bactéria pode passar para outras mucosas. Apesar de na maioria das vezes a gonorreia ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas, conhecer a parceira ou parceiro e seu histórico sexual, continua sendo uma boa forma de evitar diversos problemas sexuais.

Normalmente o período de incubação da doença dura de 2 a 5 dias e os parceiros também podem adquirir a doença nesse período. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, os sintomas da doença podem durar por anos caso o infectado não seja tratado adequadamente. No entanto, quando o tratamento é administrado da forma correta, a transmissão costuma terminar imediatamente.

Para saber se está com gonorreia, a melhor forma é se observar os sintomas da doença aparecendo caso tenha tido uma relação sexual desprotegida. Normalmente, entre dois a oito dias, as pessoas infectadas com a DST começam a apresentar ardência e dificuldade para urinar. No caso dos homens, alguns casos apresentam a presença de sangue no final da urina, além de dor e inchaço nos testículos.

Além disso, a gonorreia pode aparecer em outras partes do corpo, como no ânus, no qual o infectado sente coceira e corrimento de pus e sangramentos. Nos olhos, em que se sente ardência, sensibilidade à luz e secreção de pus. O paciente ainda pode ser infectado e apresentar gonorreia na garganta, com os sintomas parecidos com o da laringite, como dor e dificuldade de engolir, além da presença de placas amareladas ao longo da garganta. Por fim, a gonorreia também pode aparecer nas articulações e os sintomas são, vermelhidão, quentura na área afetada, inchaço e dor.

A doença é facilmente tratável com o uso correto de antibióticos indicados pelo médico que está acompanhando o tratamento, no entanto, caso não seja feito da forma mais correta, a gonorreia pode causar infertilidade no homem, através da epididimite, a inflamação do ducto conhecido como epidídimo. É fundamental que o tratamento seja feito da forma correta, exatamente conforme indicado pelo médico.

Como é o tratamento da gonorreia?

O tratamento para a gonorreia costuma ser simples, com o uso de antibióticos por um certo período de tempo, conforme indicado pelo médico que está acompanhando o caso. Uma das coisas mais importantes durante o tratamento é que ele seja feito pelo casal ao mesmo tempo, já que os dois podem estar contaminados, mesmo que um dos dois não apresente os sintomas.

Durante a consulta médica, é importante responder questionamentos como a quantidade de parceiros sexuais ou se tem feito sexo desprotegido ultimamente.

O diagnóstico é feito com o sistema de coloração de Gram e, já que a bactéria da gonorreia é conhecida como gram-negativa, ou seja, não retém o corante na cor violeta, mas o da cor vermelha, são injetados ambos os corantes em uma cultura no microscópio, caso ela reaja da forma esperada, ou seja, ficando vermelha e os sintomas estarem de acordo, o paciente tem altíssimas chances de estar infectado com a DST. O resultado inicial costuma sair em 24 horas, mas o mais completo é apresentado em 72 horas.

A principal ação dos medicamentos e do médico, num primeiro momento, é parar a  infecção da doença para, somente em seguida, terminar com a proliferação da bactéria pelo corpo humano.  O uso de antibióticos como o Zitromax e o princípio ativo, a Azitromicina, são os mais indicados no tratamento contra a gonorreia, além da penicilina.

Caso o tratamento comece a acontecer de forma tardia ou seja feito de forma inadequada, com o paciente esquecendo as medicações constantemente, é comum que a doença evolua e passe para um estágio um pouco mais complicado, com a ardência evoluindo e o paciente sentindo uma sensação de peso no períneo – a região entre o saco escrotal e o ânus. Apesar de ser difícil, não é impossível, mas pode-se encontrar a presença de pequenas quantidades de sangue no final da urina.

Como se prevenir?

A melhor forma de prevenção contra a maioria das doenças sexualmente transmissíveis é a camisinha e, da mesma forma, a gonorreia tem baixíssimas chances de ser transmitida entre parceiros caso estejam utilizando o preservativo.

Uma outra forma, mais complicada e não totalmente eficaz, é conhecer o histórico sexual e de doenças sexualmente transmissíveis de todos os parceiros sexuais que um indivíduo tenha. No entanto, não é exatamente eficaz porque na maioria dos casos, a gonorreia é assintomática.

A convivência com a doença, no entanto, é bastante tranquila e simples. Caso a bactéria não tenha caído na corrente sanguínea do infecto, a gonorreia é facilmente tratável com os antibióticos recomendados pelo médico.

Mesmo que a infecção se torne um quadro mais grave e menos favorável, é possível ser tratado também com o uso correto de antibióticos.

Principais remédios contra gonorreia

O tratamento da gonorreia é feito com o uso de antibióticos, por se tratar de uma infecção bacteriana. Da mesma forma que a clamídia, o tratamento da gonorreia acontece com o uso da Azitromicina, um princípio ativo capaz de eliminar certas bactérias do corpo humano.

Além desse, o Zitromas é um dos remédios mais recomendados pela maioria dos médicos na luta contra a DST.

O tratamento varia de acordo com a indicação do médico, no entanto é comum que não passe muito de dez dias de medicamento constante. É fundamental o seguimento das indicações do médico para o tratamento da gonorreia.

Caso os sintomas da doença persistam após o tratamento, o médico deverá ser alertado.